Friday, November 16, 2007

Revelações inusitadas de Dave Ghrol

16.11.07

A revista Elle americana publicou na edição de outubro uma entrevista com Dave Ghrol, o cara que dispensa apresentações, mas pra quem esqueceu quem ele é, é o ex-baterista do Nirvana e hoje líder do Foo Fighters.
Nessa entrevista ele não fala nem um pouco de música, mas muito de mulheres e situações complicadas. Quem ele acha a mulher mais legal no rock, quem ele odeia, que tipo de mulher ele gosta e etc. Ele conta também qual foi o momento mais gay da sua vida e o que ele aprontou que deixou sua mãe mais brava.
Como dia útil depois do feriado todo mundo empurra com a barriga, eu fui na onda e o único trabalho a que me dei foi traduzir a entrevista para nós. Não estranhe o português estilo inglês, eu quis mantê-la o mais fiel possível. Publicada na íntegra.


Por Andrew Goldman

Após 1994, Dave Ghrol poderia simplesmente se manter atrás de sua máscara do bom rock, autografando cópias do Nevermind, do Nirvana, e contando histórias sobre como é realmente ter Kurt Cobain mergulhando em sua bateria. Ao invés disso, ele começou sua própria banda, o Foo Fighters, que acabou de lançar seu sexto álbum, Echoes, Silence, Patience and Grace. Apesar de ter 38 anos – 112, em anos-rock – Grohl ainda pode zoar como um adolescente, mas será ele realmente, como apontam os rumores, o cara mais legal do rock?

ELLE – Por favor, nos forneça uma cena de humilhação adolescente nas mãos de uma mulher.

DG – Na sétima série, havia essa linda e angelical garota chamada Sandy, que se mudou para Alexandria, Virginia, onde eu cresci. Nas primeiras semanas da escola, eu a convidei para namorar firme. Ela disse sim, e costumávamos nos encontrar em seu armário apos as aulas e trocávamos uns chupões. Depois de duas semanas, ela disse, “Sou nova aqui, não quero ficar amarrada”, e me chutou.

ELLE – Ela era, tipo, uma menina de 23 anos na sétima série?

DG – Nah, mas ela tinha um cabelo pomposo, Jordache jeans, e lábios brilhantes. Então eu entrei no jogo e foi como, “Tanto faz baby, não dá nada”, mas eu estava secretamente de coração partido. Aquela noite eu sonhei que estava no palco, tocando guitarra em uma arena, botando pra quebrar na frente de 20.000 pessoas, e eu olhei para baixo e vi Sandy chorando porque ela cometeu o maior erro da vida dela. E foi esse sonho o que me colocou nessa coisa de rock’n roll.

ELLE – Desde que você é um baterista, e também o vocalista de bandas, você pode fazer alguma generalização sobre os tipos de mulheres que vão para um ou para outro?

DG – Para as mulheres, bateristas parecem com adoráveis e sexy Neanderthais, e os vocalistas misteriosos e perigosos. Então enquanto todos os vocalistas querem ser David Bowie, flutuando em festas e sendo o centro das atenções, são os bateristas que estão no canto aprontando, quebrando mesas. Normalmente, são os bateristas que pegam as mulheres amantes da diversão e os vocalistas pegam os casos malucos.

ELLE – Então você evoluiu de Neanderthal a Bowie?

DG
– Absolutamente não. Eu sou um baterista, não um vocalista. Eu ainda sou o cara aprontando.

ELLE
– Qual você acha que foi seu momento mais gay, quando se sentiu mais atraído por outro homem?

DG – Provavelmente transitando com RuPaul nos bastidores do Saturday Night Live quando o Nirvana tocou em 1993. Ele fez eu ter vontade de abraça-lo.

ELLE – Você já teve alguma paixão inusitada, alguém não convencionalmente bonita mas que, de alguma maneira, você amou ainda assim?

DG
– Ah, cara. Eu tive a maior paixão pela Sissy Spacek, depois que eu vi Carrie. Ela era minha mulher ideal – bonita, pequena e possuída.

ELLE
– Após os sete anos, você e sua irmã foram criados basicamente pela sua mãe. Qual foi a situação em que a viu mais brava?

DG – Quando ela encontrou um bong embaixo do banco do motorista do carro. Ela era professora, então aparecer na escola com um bong no carro era muito ruim.

ELLE – Tirar o bong do carro não é a função 101 de todo adolescente?

DG – Eu sei, mas as vezes quando está chapado você esquece.

ELLE – Que história você pode me contar sobre você e a mulher que me faria duvidar de seu título não-oficial de cara mais legal do rock?

DG – Ih... Quando eu conheci a minha mulher, nós saímos algumas vezes e eu decidi que não estava pronto para um relacionamento sério, então eu simplesmente parei de ligar para ela. Depois de três meses, eu tive uma revelação e telefonei novamente. Ela atendeu o telefone e disse, “Oh, eu nunca pensei que você daria notícias novamente.”

ELLE – Coisa brutal, realmente. Quem é a mulher mais legal no rock?

DG – Norah Jones. Ela tocou em nosso último disco, e eu fiquei surpreso em ver quão agradável e normal ela é, sendo um baita gênio musical.

ELLE – E que tal a mais má, ordinária mulher no rock?

DG – Adivinha só... (Take a fuckin’ guess)

ELLE – Humm, estou tendo um branco. Mas, me diga: eu estou considerando embarcar em uma batalha judicial com Courtney Love – eu acho que ela roubou meu visual. Tendo passado por isso, qual o conselho mais importante que você pode oferecer?

DG – Tenha um bom advogado e senso de humor.

ELLE – Quando sua mulher fala sobre você para as amigas dela, o que você acha que ela mais reclama?

DG
– O fato de que sou virtualmente surdo. Qualquer mulher que vai namorar um músico de rock tem que estar preparada para repetir o que disse a cada 10 segundos. Minha mulher me pergunta onde vamos jantar e soa como a professora do Charlie Brown.

ELLE
– Qual a coisa mais insana que uma fã fez para você?

DG – Houve uma maníaca que queria me matar. Isso conta?

ELLE – Sim, eu acho que ameaças de morte a qualificam como louca. Alguma parte disso foi excitante, de uma maneira “rito de passagem” do rock’n roll?

DG
– Eu acho que era excitante que a cada vez que eu saía do portão da minha casa, eu imaginava se alguém pularia dos arbustos e atacaria minha cara.

2 comments:

Augusto Ouriques Lopes said...

"Minha mulher me pergunta onde vamos jantar e soa como a professora do Charlie Brown."

hahaha, muito bom.

Sou assim também. Se o assunto não é sexo, cultura, filosofia ou política, nem vem me encher.

Anonymous said...

Bem com certeza o cara pode ser tido como o mais gente boa do Rock... Depis dessa:
"tive a maior paixão pela Sissy Spacek, depois que eu vi Carrie. Ela era minha mulher ideal – bonita, pequena e possuída."
rsrsrsrsrs

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