Monday, November 12, 2007

Songs for the Deaf

09.17.07

We are no deaf at all


Sair do país, para quem gosta de música, também significa sair correndo atrás de shows que a gente fica sonhando em ver no Brasil. Vários anunciados no jornal, e os olhos brilham com tanta opção legal. Tem muita banda desconhecida. Fico imaginando quanta coisa boa não deve ter ali no meio que a gente não conhece. Babei por algumas opções não possíveis tipo Aerosmith, que estava sold out, ou Alice in Chains, como convidado especial do Velvet Revolver, num dia que eu passei em aeroportos, e outros que por alguma razão não podia ir. Mas desistir jamais, e encontrei exatamente o que eu queria. Queens of the Stone Age em Houston, acompanhado de Arctic Monkeys.

Ato I – Os shows

Ao chegar no Verizzon Wireless Theater, quinze minutos antes do horário marcado para os shows, encontro um salão vazio, apenas com um aglomerado de adolescentes perto do palco. Era uma segunda-feira, e eu estava curiosa para saber que tipo de público estaria ali.
Começa a primeira banda, de Austin, não lembro nem o nome. Os meninos estavam tão nervosos que esqueceram de se divertir, e cumpriram tabela meio embananados no palco com um show rápido. No intervalo, fui até a área externa para um cigarro (não, nem no show de róque pode...) e notei que as pessoas estavam chegando em massa. Tratei de voltar e agora sim a atmosfera para um showzão estava se formando.
Eu estava com receio de assistir um “show de segunda-feira”, afinal, trabalhar na segunda deve ser meio difícil até para quem é rock-star. Em se tratando de Arctic Monkeys, que vocês já conhecem bem, foi exatamente isso que aconteceu. Entraram, sem muita interação com o público, e foram tocando. E foi ótimo. O Arctic é uma banda que não faz firula mesmo. Ninguém quer ser simpático com ninguém, e estamos aqui para entregar o produto que vocês compraram, toma. Fazendo tipo? Não sei, mas funciona. Do lado oposto do palco, a galera derretia a frieza dos árticos cantando, dançando e curtindo muito.
Intervalo, cigarro. O pátio fervia, cheio de olhos brilhantes, sorrisos, comentários empolgados e muita gente indo embora. Isso mesmo. Quem estava interessado só no Arctic nem deu bola pro Queens, e tomou o rumo de casa. Tinha muita gente chegando também, e quando o Queens apareceu encontrou a casa lotadíssima. Começaram esquentando o público com Do It Again, quando todo mundo já fervia. Aí sentaram a mão nas guitarras em 3’s & 7’s e Sick, Sick, Sick. Tudo funciona bem ao vivo e os arranjos continuam virtuosos. O palco ostenta alguns lustres antigos, daqueles com penduricalhos. A iluminação deixa um clima de sala da casa da mãe, uma calma que contrasta com o peso do som e a animosidade da platéia, enlouquecida.
Para acalmar os corpos e incendiar os corações, I Wanna Make It Wit Chu, a song about fucking, nas palavras do próprio Josh Homme, pronunciadas não ali, mas no DVD Live in London. Aliás, todos integrantes concretizaram minha previsão fazendo um show segunda-feira, sem muita conversa. Ainda assim, dá pra sair pisando nas nuvens depois de assistir ao vivo uma das melhores bandas de rock que meu humilde ouvido conhece.


Ato II – Bônus

O show acabou e, em poucos minutos, todo mundo foi embora. Eu estava sentada em um restaurante ao lado da entrada do teatro, comendo um dos clássicos americanos, chicken wings, quando vejo Mr. Josh Homme saindo pela porta. Meu corpo foi mais rápido que meu cérebro e na mesma hora larguei o frango e pulei duas cadeiras que serviam de obstáculo ao meu caminho. Como ele já estava alguns passos a minha frente, gritei, Josh!! No momento que ele se virou e parou diante de mim, meu cérebro voltou a funcionar e adivinhem o que pensei... é, o que eu falo agora? Bem, eu não podia perguntar como vai a família, então me restou o papo de fã, claro. Elogiei a banda, o show, disse que era brasileira e perguntei quando vinha ao Brasil. Um Josh muito educado me ouviu atentamente, mas sempre com cara de segunda-feira, e me disse que talvez em fevereiro. Nesse momento o assunto acabou e uma amiga esperta apareceu com o celular, para um registro! Recebi um abraço e retribui, como fã satisfeita. Nos despedimos e ele se foi. Pra terminar ao modo Josh Homme, eu digo que foi pretty fucking great!


8 comments:

Má Mosol said...

Songs for the Deaf
Queens of the Stone Age
2002

Unknown said...

...o carinha do Mariposa viu esta foto? rs

bjos

Má Mosol said...

Viu, claro...rs. Todos Mariposos ficaram com dor de cotovelo.. hehehe.

Marcos Cardozo. said...

má!! vc tinha que fazer atletismo...
corrida de obstáculos para abraçar pop-star!!!hahahaha
mas, me diz uma coisa!? vc voltou para o franguinho ou esqueceu na mesa?!?!

Má Mosol said...

Hahahahahhahaha, boa!
Sabe que eu não lembro? Acho que todos já tinham sido devorados quando eu voltei pra mesa.Hahaha.

Unknown said...

Minha irmã, vc é de muita sorte!!! Tomara que seja verdade que eles venham até o Brasil e que Hellcifemanguetown não fique de fora. Abçs parabéns pelo blog

Unknown said...

Queens of The Stone Age em Fevereiro no Brasil!!! E quem vai dar atenção ao Carnaval Rsrs eu é que não mesmo. PS Artic Monkeys pra esquentar e Queens pra Ferver Que inveja.

Má Mosol said...

Os shows foram demais!!! Também tô torcendo pro QOTSA em fevereiro....

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